terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz Natal

A todos os seguidores Da Essência, votos de um feliz Natal e a promessa de voltar com deliciosas sugestões no ano novo.
Obrigada por se manterem por aí!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Pão de Deus

Pão de Deus

Gosto muito de pão de Deus. Um dia, resolvi fazer uma pesquisa rápida e descobri umas quantas receitas. Todas com ovos. Como já devem ter reparado, as receitas com ovos não abundam por aqui. Decidi, por isso, alterar e testar a minha receita. Sem ovos e com leite de amêndoa.

O clube de provadores aprovou.

Ingredientes:
500 g de farinha
2 colheres de açúcar mascavado
2 colheres de sopa de margarina vegetal
1 saquinho de fermento (11 g)
2 dl de leite de amêndoa
Raspa e sumo de 2 laranjas

Para a mistura de coco:
A quantidade de ingredientes depende muito da quantidade de coco que quiserem em cima de cada pão, eu diria para começarem com 1 chávena de café de água, outra de coco e 1 colher de açúcar mascavado.

Mãos à obra:
Aqueçam ligeiramente o leite e coloquem o fermento lá dentro durante alguns minutos.
Coloquem a farinha numa tigela e juntem o açúcar, a margarina meia derretida, a raspa e o sumo de laranja. Misturem bem. Juntem o leite com o fermento e amassem durante um bocadinho. Polvilhem a mesa de trabalho com farinha, para não agarrar.
Façam uma bola e deixem-na levedar até dobrar o volume.
Polvilhem a mesa de trabalho com farinha. Façam bolinhas com a massa e deixem levedar novamente.
Com cuidado, pincelem o topo do pão com um pouco de água e, depois, coloquem um pouco da mistura de coco.
Cozam em forno médio, mais ou menos, 30 minutos.

Bom apetite! :)

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Batatas recheadas com soja fina

Não sei se é o vosso caso, mas gosto muito de batata cozida. Simples, só com azeite. Ou, então, como o meu tio Chico me ensinou, com alho picado, azeite, vinagre e pimentão-doce.
A receita que aqui apresento, é só mais uma variação do feliz encontro entre a batata e a soja fina.

Batatas recheadas com soja fina

Ingredientes para o recheio:
1 chávena de soja granulada
1 cebola grande
4 dentes de alho
Polpa de tomate q.b.
Vinho tinto q.b.
Sal, cominhos ou garam masala q.b.
2 colheres de sopa de azeite
4 colheres de sopa de água

E ainda:
5 batatas médias a grandes
Azeite q.b.
1 chávena grande de molho bechamel

Mãos à obra para o recheio:
Piquem a cebola e o alho e levem-nos ao lume com o azeite e a água. Deixem cozinhar até a cebola estar tenra. Juntem a polpa de tomate e depois de misturarem bem, a soja escorrida. Misturem bem novamente. Acrescentem vinho tinto, sal e cominhos ou garam masala. Deixem ferver, mais ou menos, 5 minutos.

Mãos à abra para as batatas:
Cozam as batatas com casca cortadas ao meio, de preferência, a vapor. Depois de cozidas, deixem-nas arrefecer o suficiente para poderem trabalhá-las sem se queimarem.
Com uma colher de sobremesa, retirem o máximo de polpa da batata. Se, por algum motivo, a batata abrir ou a pele se rasgar, não se preocupem. Tentem fazer um remendo com mais batata ou, na hora de as colocar no tabuleiro, encaixem-na bem no meio das outras.
Esmaguem ligeiramente a polpa da batata e reservem.

Para juntar tudo…
Envolvam a polpa da batata na soja e reservem.
No fundo de um tabuleiro, coloquem um fio de azeite. Disponham as batatas cozidas e recheiem-nas com o preparado de batata e soja.
Coloquem uma colher de molho de bechamel em cima e, no topo, uma folha de salsa ou coentros.
Levem ao lume, a 180º, até o molho bechamel dourar ligeiramente.

Apontamento:
Para este prato, usei a mesma receita de molho bechamel que apresento na lasanha de cenoura. Aliás, esta chávena de molho foi retirada do molho que fiz para essa receita, pelo que, se fizerem o molho só para usarem aqui, devem reduzir bastante as quantidades.
Por exemplo:
1 colher de chá de amido de milho
2,5 dl de leite de soja
Sal, pimenta preta moída e noz-moscada moída q.b.

Misturem o amido de milho com sal, pimenta e noz-moscada a vosso gosto. Juntem um pouco de leite e mexam bem com uma vara de arames, para evitar grumos. Juntem o resto do leite, mexam bem e levem a lume brando. Vão mexendo sempre até engrossar.


No fim de tudo: Bom apetite! J

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Lasanha de cenoura

A cenoura sempre foi um dos meus alimentos preferidos. Gosto de qualquer maneira, até crua, ao lanche.
Também gosto bastante de lasanha. Um dia, encontrei uma lasanha de cenoura numa revista espanhola de culinária. Inspirei-me nela  e nunca mais parei!

Lasanha de cenoura

Ingredientes para o recheio:
1 kg de cenoura
1 cebola grande
6 dentes de alho
1 copo de água
3 colheres de sopa de azeite
1 concha de sopa de molho bechamel
Sal, polpa de tomate, orégãos ou ervas da Provença q.b.

Ingredientes para o molho bechamel:
3 colheres de sopa de amido de milho
1 litro de leite de soja
Sal, pimenta preta moída e noz-moscada moída q.b.

E ainda:
Placas de lasanha
Azeite, pão ralado e/ou orégãos, ervas da Provença q.b.

Mãos à obra para o recheio:
Ralem a cenoura e piquem a cebola e o alho. Levem tudo ao lume com a água, o azeite e o sal. Quando ferver, acrescentem polpa de tomate e as ervas aromáticas a vosso gosto. Deixem cozinhar em lume brando até a cenoura cozer. Desliguem o fogão e acrescentem o molho bechamel. Misturem bem.

Apontamentos do recheio:
Eu vou variando os ingredientes do recheio, de acordo com o que vou tendo no frigorífico e na despensa. Por exemplo, junto pimentos, curgete, tomate seco ou/e fresco… A única regra que sigo é deixar que a cenoura seja o ingrediente principal.
A receita principal do recheio inclui queijo fresco – desfeito ou em cubos (+/- 250 g) – e ovo cozido laminado. Caso queiram acrescentar estes ingredientes, façam-no no fim da cozedura, antes do molho bechamel.
Podem substituir o queijo fresco por tofu, também fica muito bom.

Mãos à obra para o molho bechamel:
Misturem o amido de milho com sal, pimenta e noz moscada a vosso gosto. Juntem um pouco de leite e mexam bem com uma vara de arames, para evitar grumos. Juntem o resto do leite, mexam bem e levem a lume brando. Vão mexendo sempre até engrossar.

Apontamento do bechamel:
Esta receita de molho bechamel é diferente da que apresentei na lasanha de soja, uma vez que, por não ter margarina, não tem gordura.

Depois de tudo pronto, recheio e bechamel, …
Coloquem, no fundo de um tabuleiro, um fio de azeite muito pequeno, o suficiente para, com um pincel de cozinha, espalharem o azeite por toda a área do fundo do tabuleiro. Coloquem placas de lasanha, recheio, bechamel, placas de lasanha no sentido contrário da primeira vez e… sempre assim até acabarem o recheio. Acabem com molho bechamel polvilhado com pão ralado e/ou os orégãos e/ou as ervas da Provença. Levem ao forno até a massa estar cozida (espetem um garfo e, se não houver “resistência”, está pronta!).
Bom apetite! J


Nota: A lasanha é muito boa no dia seguinte, depois de a massa ter tido tempo para absorver todos os sucos!

A foto fica para a próxima! 

domingo, 28 de setembro de 2014

Salame de chocolate

E agora, um clássico: salame de chocolate!
Esta é uma boa receita para se divertirem com as crianças aí de casa ou para alegrarem a que existe dentro de vós. J

Uns apontamentos, antes de começarmos:
  • Eu prefiro cacau (quanto mais puro melhor) a chocolate. Podendo usar cacau, uso sempre cacau. A maioria das pessoas prefere chocolate. Também é bom! E, se não estiver já no armário aí de casa, até é mais fácil de encontrar.
  • Normalmente, as pessoas utilizam doses criminosas de margarina. Eu uso apenas duas colheres de sopa – que já considero uma medida criminosa. Ainda não experimentei com óleo de coco, mas talvez o faça em breve. Seja como for, o leite é o meu segredo para ligar os ingredientes.


Agora sim:
Salame de chocolate

Ingredientes:
2 colheres de sopa de margarina derretida
2 colheres de sopa de açúcar mascavado (preferencialmente, o que não foi o caso)
125 g de cacau ou chocolate em pó
200 g de bolacha maria
Leite de soja q.b.

Mãos à obra:
Triturem a bolacha maria na picadora, deixando cerca de 10 bolachas inteiras, para partirem grosseiramente mais tarde.
Usando uma vara de arames, misturem a bolacha triturada, com o cacau/chocolate em pó e o açúcar. (É importante confirmarem se o cacau/chocolate já tem açúcar. Se assim for, não acrescentem mais.) Acrescentem a margarina derretida e, com uma colher de pau, misturem-na tanto quanto possível. Acrescentem o leite, pouco a pouco, e misturem bem, até conseguirem ligar todos os ingredientes.
Partam as bolachas grosseiramente e juntem-nas à mistura anterior.
Despejem a mistura num pedaço de papel de alumínio e moldem a pasta até conseguirem um rolo. Se for necessário, distribuam a pasta com a colher de pau.
Se acharem mais fácil, despejem a pasta dentro de um saco plástico e moldem-na lá dentro.
Bom apetite! J


Sugestão:

Podem acrescentar pequenas quantidades de outros ingredientes ao salame. Neste, acrescentei 4 colheres de sopa de coco ralado, mas também podem adicionar amêndoa, noz… 

Atenção: Podem ter que juntar mais açúcar, eu ponho sempre o mínimo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Papas de milho para matar a saudade

Há coisas que nos sabem a casa. Que nos transportam para momentos felizes da nossa infância. Para mim, as papas de milho são uma forma de fazer essa viagem.
Sexta-feira, achei que precisava de um aconchego. Liguei à minha mãe, mais para matar a saudade, e pedi-lhe que me confirmasse a receita.
A seguir, abri o frigorífico e inovei!

Papas de milho para matar a saudade

Ingredientes:
2 chávenas de carolo de milho
1 ½ litro de água
½ litro de leite de coco
Xarope de ácer ou açúcar mascavado q.b.
Canela q.b.

Mãos à obra:
Cozam o carolo de milho na água. Eu não juntei logo a água toda, fui juntando à medida que o carolo ia aumentando. Atenção que devem ir mexendo sempre!
Depois do carolo cozido (depois de, mais ou menos, 15 minutos ao lume), juntem o leite de coco e o xarope de ácer ou açúcar mascavado. Deixem ferver em lume brando durante alguns minutos.
Despejem as papas prontas num tabuleiro de vidro ou barro e, depois, façam desenhos de canela, de acordo com as vossas possibilidades. 
A minha mãe é capaz de fazer desenhos lindíssimos; eu, fiz uma prisão, segundo o elemento principal do núcleo de provadores. Não faz mal, o que importa é o sabor!
Bom apetite! J

Apontamento:

Eu gosto muito de comer as papas mal saem do fogão.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Millet ao pequeno-almoço

Não sei se vocês pertencem ao grupo de pessoas que gosta de comer cereais ao pequeno-almoço. Eu, às vezes, pertenço. Infelizmente, a maioria dos cereais que encontramos nos supermercados estão cheios de açúcar ou, então, são muito caros.
Para poderem continuar a ter o melhor dos cereais a um preço acessível, trago-vos uma sugestão: millet.
A partir de uma receita base de millet e um pequeno truque, podem criar pequenos-almoços de muitos sabores.

Millet (receita base)

Ingredientes:
1 chávena de millet
3 chávenas de água
1 pitada de sal

Mãos à obra:
Fervam a água com o sal. Lavem o millet e acrescentem-no à água fervente. Deixem ferver novamente e, em seguida, reduzam o lume e deixem o millet cozer durante, mais ou menos, 15 minutos.

Apontamentos:
  • Para conseguirem diferentes sabores, juntem fruta desidratada e seca em pedaços. No caso do da foto, juntei tâmaras (+/- 8), coco (½ chávena) e amêndoa torrada picada (½ chávena), tal como é sugerido no livro Newstart Lifestyle Cookbook, do Weimar Institute.
  • Se, como eu, se levantarem cedo e não tiverem tempo para cozinhar o millet, cozam-no na noite anterior e aqueçam-no antes de comer.

Bom apetite! J


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Queques de goji, tâmaras e coco para o pequeno-almoço

Cá por casa andamos com vontade de variar à hora do pequeno-almoço. Infelizmente, nem sempre é fácil encontrar cereais que não estejam carregados de açúcar e o pão saudável também não é muito popular por estas bandas.
Felizmente, há uns meses, encontrei uma receita no site Mind Body Green que ajuda a resolver o nosso problema: queques de goji, tâmaras e coco! O melhor de tudo, é que a receita não tem açúcar, os ingredientes são fáceis de encontrar e é muito fácil de fazer. Ora vejam:

Ingredientes:
4 chávenas de flocos de aveia
½ chávena de linhaça moída
1 ½ chávena de bagas goji demolhadas em 2 chávenas de água
8 a 10 tâmaras descaroçadas demolhadas em 1 chávena de água
3 colheres de sopa de sementes de chia demolhadas em 1 ½ chávena de leite de amêndoa ou soja ou outro leite não animal
1 chávena de coco ralado
2 colheres de chá de fermento em pó
1 ½ colher de chá de bicarbonato de soda
Coco ralado q.b.

Mãos à obra:
Demolhem as bagas goji, as tâmaras e as sementes de chia com umas horas de antecedência.
Aqueçam o forno a 180º e untem as formas com óleo de coco (ou outra gordura) ou, se preferirem, usem forminhas de papel (a massa agarra um bocadinho ao papel, mas, se quando desligarem o forno retirarem os queques da forma metálica, o problema é minimizado).
Triturem a aveia e, numa tigela, misturem-na com a linhaça, o coco, o fermento e o bicarbonato. Mexam bem.
Triturem as goji e as tâmaras. Juntem a chia à mistura e triturem mais um pouco.
Envolvam esta papa nos ingredientes secos. Esta massa é mais compacta que a da maioria dos bolos. Mas, se acharem que, ainda assim, a massa ficou muito dura, juntem um pouco mais de leite.
Deixem a massa repousar cerca de 10 minutos. Distribuam-na pelas formas e polvilhem-na com coco ralado. Levem os queques ao forno, durante, mais ou menos, 25 minutos.
Caso não tenham utilizado formas de papel, deixem os queques arrefecer durante, mais ou menos, 30 minutos, antes de os desenformarem.
Bom apetite… e bom dia! J

Breves apontamentos:
  • Gostava de vos conseguir dizer para quantos queques dá a massa, mas depende muito do tamanho da vossa chávena e das vossas formas de queques… Eu, como só tenho 12 forminhas, consegui fazer 12 queques e, com o resto da massa, fiz um bolo pequenino.
  • Se não quiserem estar a untar formas ou se não tiverem forminhas de papel, façam um bolo e partam-no em fatias.
  • O núcleo de provadores desta receita apreciou-a particularmente com doce de mirtilo sem açúcar. Façam as vossas experiências e partilhem os resultados! J

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Caril de tofu com brócolos e abóbora

Cá em casa somos grandes apreciadores de caril. Especialmente de caril de tofu.
Hoje, para ser diferente, em vez de fazer o caril habitual – só com tofu –, resolvi acrescentar alguma cor. A abóbora já andava no meu pensamento desde ontem. Depois de passar por eles no congelador, resolvi acrescentar brócolos.

Caril de tofu com brócolos e abóbora

Ingredientes:
1 cebola média
5 dentes de alho
1 chávena de abóbora em cubos
+/- 6 raminhos de brócolos
2 blocos pequenos de tofu
½ litro de leite de coco
1 folha de louro
2 colheres de sopa de azeite
4 colheres de sopa de água
Sal e caril q.b.

Mãos à obra:
Piquem a cebola, o alho e, se não for muito aromático, cortem a folha de louro ao meio. Levem tudo ao lume com o azeite, a água e sal.
Depois de ferver um pouco, acrescentem a abóbora e os brócolos. Em princípio não deve haver necessidade de acrescentar mais água, mas, caso vos pareça muito seco, acrescentem um pouquinho.

Quando os legumes vos parecerem cozidos, acrescentem o tofu, em tiras ou cubos, como preferirem. Mexam bem e acrescentem o leite de coco e o caril. Deixem apurar durante, mais ou menos, 10 minutos.
Provem, para perceberem se é necessário acrescentar mais sal ou caril.
Sirvam com arroz. Hoje, escolhemos o branco.

Bom apetite! J




domingo, 7 de setembro de 2014

Sumos e documentários

Sempre gostei muito de sumos de legumes, isolados ou com fruta e ervas aromáticas...
Há sabores maravilhosos: cenoura com laranja, maçã verde com hortelã e aipo…

Há cerca de um ano, um amigo sugeriu-me que visse um documentário chamado Fat, Sick and Nearly Death. O documentário apresenta-nos a experiência de um australiano com excesso de peso e muitos problemas de saúde, que decide tomar as rédeas da própria vida, fazendo uma dieta de sumos durante 60 dias. Para não desistir da experiência logo no início, resolve fazê-la ao mesmo tempo que atravessa os Estados Unidos. O percurso é impressionante, e não me refiro à viagem em si!

Atenção! Não estou a aconselhar uma dieta exclusiva de sumos a ninguém, eu não a faria.
Mas aconselho-vos a beberem muitos sumos de vegetais e fruta, feitos na hora, o mais naturais possível.

Vejam o documentário, façam as vossas experiências e partilhem!

Leite de amêndoa

Há uns anos tornei-me intolerante ao leite de vaca.
Felizmente, gosto muito de leite de soja e, em Portugal, até já há imensa oferta no mercado, sem ou com muito pouco açúcar, a preços bem mais simpáticos que há uns anos atrás.
O leite de soja substitui o leite de vaca perfeitamente. Pelo menos, nunca me aconteceu sentir que, se tivesse utilizado leite de vaca, a receita teria corrido melhor. Já me aconteceu, sim, foi achar que os pratos estavam um pouco doces por o leite disponível na altura ser um pouco mais doce. Se preferirem, como eu, ser vocês a controlar os níveis de açúcar que ingerem, procurem leite de soja sem adição de açúcar.

Infelizmente, em Timor as coisas não são tão lineares como em Portugal e, às vezes, ficamos sem leite durante meses.
Ora, numa dessas vezes, resolvi apostar no leite de amêndoa. Depois de umas pesquisas, arrisquei. E gostei muito do resultado! É óptimo para beber simples e para utilizar em bolos, por exemplo. Não acho que resulte tão bem com café, pelo menos não com as doses de café que gosto de utilizar: ¼ de leite para ¾ de café.

O leite de amêndoa será sempre caro, mas pode ser mais acessível se o fizermos em casa. Com as vantagens de não adicionarmos açúcar e de o podermos fazer sempre que haja amêndoa por perto!

Querem experimentar?



Leite de amêndoa
Ingredientes:
1 chávena de amêndoa hidratada
3 chávenas de água

Mãos à obra:
Deixem a amêndoa de molho de um dia para o outro.
Descasquem-na e triturem-na com as três chávenas de água.
Coem esse líquido com um pano, et voilá!
Bom apetite! J


Sugestões:
  • A amêndoa que “sobra” pode ser utilizada em bolos. Acrescentem-na à vossa receita preferida, para além de todos os outros ingredientes, mesmo no final, antes de despejarem a massa na forma;
  • Há receitas que sugerem que se triture uma tâmara descaroçada com a amêndoa e a água ou que se acrescente essência de baunilha ao leite. Eu gosto dele simples, não sinto que lhe falte nada, mas, se quiserem, experimentem!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Tofu com salada de couve-de-bruxelas e cenoura

Hoje, cá em casa, o nosso almoço foi assim:

Tofu com salada de couve-de-bruxelas e cenoura
Ingredientes para o tofu:
2 blocos de tofu
4 dentes de alho
1 colher de sopa de azeite
3 colheres de sopa de molho de soja

Ingredientes para a salada:
400 g de couves-de-bruxelas
1 cenoura grande
1 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de salsa picada (fresca ou seca)

Acompanhamento: arroz vermelho (1 chávena de café de arroz cozido em duas chávenas de água, com sal q.b.)

Mãos à obra para o tofu:
Caso tenham comprado o tofu avulso, fervam-no (a vapor) durante 20 minutos. Cortem-no em fatias.
Piquem os alhos e coloquem-nos numa frigideira, com o azeite e o molho de soja. Ponham o tofu em cima e levem a lume brando. Deixem cozinhar, mais ou menos, 10 minutos de cada lado.

Mãos à obra para a salada:
Cozam as couves-de-bruxelas (a vapor) com a cenoura em cubos durante, mais ou menos, 25 minutos.
Temperem-nas com o azeite a salsa.

Acompanhem com arroz. Hoje, decidimos que seria arroz vermelho. Caso ainda não tenham experimentado e vos seja fácil encontrá-lo, aventurem-se!


Bom apetite! J

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Feijoada de legumes com arroz

Aconteceu-me muitas vezes levar com caras torcidas quando dizia a alguém que era vegetariana. A seguir, a pergunta era sempre a mesma: “o que é que tu comes?”.
A pensar nessas pessoas, mas não só!, hoje trago-vos uma receita feita com os ingredientes de todos os dias. E tenho um desafio: pensem um pouco nas vossas refeições da última semana. Quantas é que seriam igualmente deliciosas se fossem vegetarianas? Sim, sei que os carnívoros militantes vão dizer: “nenhuma!”, mas, com um bocadinho de esforço, certamente conseguirão identificar saladas, sopas, pratos de legumes, etc, que constituiriam complementos de uma óptima refeição vegetariana...

Feijoada de legumes com arroz
Ingredientes:
500 g de feijão encarnado cozido
1 cebola grande
4 dentes de alho
1 cenoura média
1 couve chinesa pequena
½ curgete
1 pimento verde
1 colher de chá de cominhos
1 folha de louro
2 colheres de sopa de azeite
1 chávena de chá de água
Sal e polpa de tomate q.b.

Mãos à obra:
Piquem a cebola e o alho, cortem a cenoura, a curgete e o pimento em cubos, laminem a couve chinesa.
Levem o azeite e a água ao lume, com a cebola, o alho e a folha de louro partida ao meio. Deixem cozinhar em lume brando, até a cebola ficar cozidinha. Acrescentem a cenoura, a couve, a curgete, o pimento e polpa de tomate a gosto. Temperem com sal e cominhos e cozinhem até que os legumes estejam ao vosso gosto.
Juntem o feijão e deixem ferver 2 ou 3 minutos.
Acompanhem com arroz; se for integral, tanto melhor!
Bom apetite! J




A propósito do feijão:
  • Preferencialmente, utilizo leguminosas secas. Demolho quantidades razoáveis (se for necessário), cozo-as só em água (não vale a pena acrescentar sal, uma vez que serão temperadas mais tarde) e congelo-as em frascos de vidro. Assim, estão sempre prontas!
  • Se seguirem a sugestão que dou acima, não encham muito os frascos, para que não estalem durante o processo de congelação. Não há necessidade de comprarem frascos de vidro, reutilizem os fascos dos alimentos que forem consumindo (os das azeitonas, por exemplo). Caso não consumam alimentos conservados em frascos, peçam aos vossos familiares e amigos para vos guardarem alguns.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Rissóis de cenoura - Vegan

Tal como já vos disse antes, venho de uma família de excelentes cozinheiras. Um dos alimentos que sempre fizeram as alegrias da família são os rissóis. Ora, sim, sei que já estão a pensar nos rissóis de carne e camarão, provavelmente. Sim, geralmente eram esses. Mas também passaram a ser os de soja, cozinhados com a carne a substituir a receita tradicional da família. E também podem ser de feijão, de legumes… Mais uma vez, sejam criativos! E, já agora, partilhem as vossas ideias!

Entretanto, fiquem com esta receita básica, para se inspirarem para outros voos deliciosos!

Rissóis de cenoura (dá, mais ou menos, para 20 rissóis)
Ingredientes para a massa:
1 chávena de farinha de trigo
1 chávena de farinha de trigo integral
1 chávena de água
1 chávena de leite de soja
2 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta q.b. 

Ingredientes para o recheio:
4 cenouras médias
1 cebola média
2 dentes de alho
1 chávena de café de água
Azeite q.b.
Sal e pimenta q.b.
Salsa ou orégãos ou coentros… ou outra ervinha aromática de que gostem particularmente, q.b.

Mãos à obra para a massa:
Fervam o leite e a água com o azeite, o sal e a pimenta. Juntem a farinha e vão mexendo bem, até a massa se descolar do tacho e formar uma bola. Deixem-na arrefecer um pouco, para depois poderem trabalhá-la.

Mãos à obra para o recheio:
Ralem as cenouras, piquem as cebolas e os alhos, lavem as ervas aromáticas que decidirem utilizar, caso seja necessário.
Coloquem os ingredientes todos do recheio num tacho e deixem-nos cozinhar lentamente, até a cenoura estar ligeiramente cozida. Provem o recheio e vejam se é necessário acrescentar mais sal ou pimenta.


Tenham atenção na fase da cozedura, porque pode ser necessário acrescentar mais água. O importante é não esquecerem que a cenoura deve cozer devagarinho e que não deve cozer demasiado, ou ficará um puré, que não é o nosso objectivo!




Mãos à obra para os rissóis:
Tendam a massa numa superfície enfarinhada, com o rolo da massa igualmente enfarinhado. Caso não tenham rolo da massa, podem usar uma garrafa de vidro. A massa deve ficar fininha, mas forte o suficiente para não rebentar assim que pegarem nela. Coloquem um pouco de recheio no centro da massa, dobrem a massa por cima do recheio e cortem o rissol com um copo ou com um cortador de rissóis se forem profissionais. J




Algumas considerações importantes:
  • Eu não frito nada, asso. Assim, se a ideia vos agradar, assem os rissóis no forno, num tabuleiro antiaderente, ou com papel vegetal, ou untado com um pouco de azeite. O forno não deve estar muito quente, para os rissóis não queimarem, nem em cima, nem em baixo.
  • Na minha família, os rissóis querem-se grandes. Eu coloco uma colher de sopa generosa de recheio em cada rissol.
  • Se quiserem que os rissóis fiquem com um ar de panados, façam uma mistura de 1 colher de sopa de sementes de linhaça moída e 3 colheres de água e deixem repousar alguns minutos. Pincelem os rissóis com esta mistura e polvilhem-nos com pão ralado  (simples ou com ervas aromáticas secas) ou, para serem diferentes, sementes de sésamo.
Rissóis de cenoura com sementes de sésamo, pão ralado e sementes de papoila, prontos a ir ao forno.

Podem congelar os rissóis prontos a levar ao forno, para pouparem tempo.

E agora: bom apetite! J